No início deste mês de novembro tivemos em Lisboa a Web Summit (5 a 8 nov) e, no dia 14, o IIRH organizou um conjunto de debates cujo tema era a

Digitalização do Negócio: Qual o impacto na função RH?

A Gestão de Recursos Humanos tem vindo a sofrer alterações ao longo do tempo. O facto de Lisboa ser palco internacional de um evento como a Web Summit coloca-nos, a nós profissionais RH, responsabilidades acrescidas face à necessidade de trazer para as nossas rotinas o que de novo e útil vai surgindo no mercado, uma vez que a digitalização do negócio tem forte impacto na forma como trabalhamos a Seines GRH desenvolve os seus processos de trabalho suportando grande parte das análises efetuadas.

As Administrações das empresas estão finalmente cientes que o Capital Humano está no cerne do sucesso de qualquer negócio, sendo que é cada vez mais frequente verificar solicitações das administrações no sentido de recolher dados e análises dos seus recursos humanos com o intuito de medir níveis de satisfação, comprometimento, compromisso, performances, etc. A informação é muita e o apoio das várias ferramentas informáticas disponíveis no mercado são essenciais enquanto suporte aos processos de tomada de decisão. No entanto, e mesmo que as empresas estejam munidas de todas as ferramentas que existem no mercado, é sempre necessária a intervenção humana na gestão deste Capital. 

O desenvolvimento tecnológico, cada vez mais presente em contexto organizacional, está a reformular as nossas vidas e a alterar as nossas rotinas laborais, verificando-se uma tendência cada vez maior para que esta mudança seja mais radical e disruptiva do que aquela que sentimos atualmente. 

Durante a Web Summit conhecemos a Sophia, o primeiro robô do mundo a receber cidadania atribuída pela Arábia Saudita. Há quem refira que em breve ficaremos sem os nossos trabalhos e que isso irá permitir mais tempo livre para as nossas vidas, famílias e vida social. A potencialidade inerente ao desenvolvimento de novas tecnologias acarreta consigo grandes desafios e responsabilidades e, por esse motivo, é imprescindível dotar as organizações de estratégias de adaptação face à mudança. Entretanto, resta-nos esperar atentos pelas modificações no mercado de trabalho e prepararmo-nos para o que vai chegar.

A Web Summit  teve ainda um convidado muito especial: o físico Stephen Hawking. Na sua intervenção houve um aspeto que reforçou várias vezes: o que pode significar a IA (Inteligência Artificial) para a humanidade? 

A inteligência artificial pode ser a maior conquista de sempre? “Simplesmente não sabemos”, respondeu. Sabe porém, que a nova revolução tecnológica, na qual a inteligência artificial tem um papel central, pode ter a capacidade de atenuar os danos que a industrialização causou no mundo. Vamos finalmente poder acabar com a doença e a pobreza. Todos os aspetos das nossas vidas serão transformados”, disse Stephen Hawking. 

O físico britânico reconheceu que “há uma diferença entre o que pode ser atingido pelos humanos e o que pode ser atingido pelos computadores”. E pode ele próprio comprová-lo ou não fosse um dispositivo eletrónico que o permite falar. “Não podemos prever o que podemos atingir”, tem essa certeza. Mas tem outra: “Precisamos de estar alerta para os perigos”. É que, reconhecendo todas as vantagens que a inteligência artificial pode trazer, Stephen Hawking também deixou o alerta que “podemos ser destruídos por ela”. 

Apenas precisamos de estar conscientes dos perigos, identificá-los e implementar a melhor prática e gestão e preparar as consequências da inteligência artificial com um avanço significativo”, disse o físico britânico.

Se as pessoas ainda se mantiverem no cerne das estratégias de crescimento e de valor acrescentado das empresas então, continuaremos a precisar de quem analise de forma crítica o olhar e aconchego que o departamento de recursos humanos transmite quando necessário.

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