Faz agora mais de um mês que foi decretado no país o estado de emergência. Renovado pela 3ª vez (mais 15 dias) até ao próximo dia 4 de maio, a rotina dos trabalhadores mudou muito rapidamente. Muitos estabelecimentos comerciais e serviços não essenciais como lojas, restaurantes e hotelaria fecharam, e/ou aderiram ao Lay-off, as escolas/ e creches também foram forçadas a fechar e as crianças continuam em casa com os pais, sendo que os que têm a opção do teletrabalho, continuam a manter a atividade das empresas e a garantir a prestação dos seus serviços.

Os trabalhadores têm sido estimulados a trabalhar em casa durante a pandemia do COVID-19. Isso é o resultado do esforço global para impedir a propagação do vírus, com a esperança de retornar à normalidade o mais rápido possível.

Para muitos trabalhadores, esta é também a primeira vez que trabalham remotamente, o que representa um desafio acrescido. Por outro lado, estar isolado dos amigos e da família é uma das principais dificuldades para a maioria, sendo que a opção de telechamada tem seguramente diminuído as distâncias físicas. Apesar das redes sociais, da internet e dos smartphones, o “Homem é um animal social” (Aristóteles) e por isso é fundamental a interação social.

As rotinas diárias também foram afetadas, o que pode originar um aumento da ansiedade, stress, estados de espírito extremos, sentimentos de insegurança e imprevisibilidade relativamente ao futuro. Os colaboradores podem começar a sentir a solidão como resultado do isolamento social, principalmente se morarem sozinhos, ou se forem mais suscetíveis ao confinamento prolongado.

Deixamos algumas dicas para que as empresas possam motivar os seus trabalhadores perante este cenário:

1. Promover uma comunicação regular

É importante distinguir que o distanciamento social não significa isolamento social. Portanto, é essencial incentivar a equipa a manter uma comunicação regular com outros colegas, familiares e amigos. Isso pode ser feito através de reuniões regulares ou videochamada. Assim como cumprimentamos os colegas no escritório regularmente, é uma prática saudável continuar a fazer o mesmo, ainda que seja remotamente. 

2. Maior flexibilidade de horários mas cumprir objetivos 

Com o teletrabalho, a tendência é deixar de haver horários fixos como a entrada e saída do teleponto. No entanto é importante estabelecer-se horários específicos para pausas, refeições e sobretudo estabelecer objetivos e metas de trabalho para se cumprir diariamente. 

3. Promoção de um espaço de trabalho positivo em casa

Nem todos os trabalhadores têm as mesmas condições para trabalhar a partir de casa, mas é essencial realçar a importância de criar um espaço de trabalho positivo e com algumas regras. Por exemplo, desligar a televisão, e outras distrações adicionais que coloquem em causa a produtividade/concentração, irá ajudar a criar uma atmosfera propícia ao teletrabalho.

4. Flexibilidade na exigência acrescida de teletrabalho com crianças

Com os trabalhadores em teletrabalho, as empresas devem ser mais flexíveis se estes tiverem filhos menores que requerem atenção redobrada. Para os trabalhadores é importante que a entidade patronal compreenda o contexto e tenha maior flexibilidade para a situação.

5. Incentivar a desconexão fora do horário de trabalho

Uma das situações que pode acontecer com alguns trabalhadores em teletrabalho, é uma gestão de compensação ou contínuo trabalho além do horário normal. Este excesso poderá também ele não ser positivo e é prudente a promoção de uma estratégia de desconexão do trabalhador. Meditar, ler, yoga, jogos, pintura e fazer exercício são ótimos exemplos de atividades que os colaboradores podem realizar fora do horário de trabalho. Isso não apenas manterá a saúde mental sob controle, como também irá ajudar a aumentar a autoestima e a produtividade em geral.

“Estamos Juntos”!

Kate Vasconcelos – Analista de Desenvolvimento RH

Seines Gestão de Recursos Humanos

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *